Geralda Doca e Cristiane Jungblut
BRASÍLIA - O plano do governo para tentar tirar os Correios do foco das denúncias de tráfico de influência inclui três medidas imediatas: indicar um funcionário de carreira para substituir o coronel Artur Rodrigues na diretoria de Operações da estatal (nomeação encaminhada ontem ao Palácio do Planalto), cancelar o contrato emergencial da empresa com Master Top Airlines (MTA) e fechar um acordo com os franqueados, dando a eles mais tempo para renovar os contratos, via licitação. (Leia também: Governo corre contra apagão nos Correios)
O prazo acaba dia 10 de novembro. Com o adiantamento, o plano de contingência dos Correios que prevê o fechamento das agências que se recusaram a participar do processo não será posto em prática.
O assunto foi discutido nesta quarta-feira numa reunião entre os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e das Comunicações, Artur Filardi. A avaliação é que, com a proximidade das eleições, não interessa ao governo o desgaste do enfrentamento com os franqueados. Uma solução definitiva deverá ocorrer apenas em 2011.
"O governo está empenhado em chegar a uma solução e não pretende massacrar os fraqueados"
Segundo integrantes do Planalto, uma das alternativas seria enviar ao Congresso uma Medida Provisória (MP) prorrogando o prazo da licitação.
- O governo está empenhado em chegar a uma solução e não pretende massacrar os fraqueados - disse o ministro das Comunicações, Artur Filardi.
Ele disse que, na próxima semana, haverá reunião com a Advocacia-Geral da União (AGU), o Ministério Público, além do Planejamento, das Comunicações e do departamento jurídico dos Correios para buscar uma solução jurídica. Também foi acertado que o departamento jurídico vai procurar a Justiça Federal em Brasília, para tentar derrubar a liminar obtida pela MTA, que garante até novembro o contrato emergencial.
Fonte: O Globo Extra Online
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