domingo, 16 de outubro de 2011

O tiro no pé

Quero abordar a greve dos Correios e fazer comentários sobre qualidade dos serviços prestados e a perspectiva futura deste trabalho. Os Correios possuem um quadro de bons e comprometidos colaboradores na sua maioria, que, nos momentos de dissídios e greves, são silenciados pela minoria barulhenta manipulada por sindicalistas que promovem o lento funeral dos atuais negócios e empregos dos Correios.

Falta aí competição. Os Correios prestam um bom serviço a um preço absurdamente caro. Se compararmos com as empresas estatais que competem no mercado que atuam, como o Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, os Correios carecem de visão mercadológica e senso de prestação de serviços a preços competitivos. É muito fácil repassar os aumentos de custos gerados aos preços dos produtos e serviços prestados. Se houvesse competição não haveria repasse.

Entretanto, o ponto mais importante que eu quero abordar é a falta de sensibilidade para se avaliar as consequências desta greve. Os Correios conseguirão mostrar para a sociedade que eles são muito menos importantes do que imaginam. Qualquer pessoa ou empresa que quer pagar suas contas em dia e estava acostumada com boletos ou aviso de cobrança, realizou toda a transação necessária via internet. Além da internet, fica óbvio e claro que o envio de cargas e mercadorias é mais confiável através das empresas que atuam na área.

Portanto, um dos resultados da greve é mostrar a importância da concorrência e fortalecer os meios alternativos como a internet. Esta é a greve que prejudica a população mais carente e desprovida de outros recursos. Portanto, a greve fere a imagem e os status da empresa que investe tanto para construir um elevado conceito empresarial. Reforça o meu ponto de vista que o serviço estatizado deve ser o mínimo possível, ou seja, carta e telegramas. Qualquer outro serviço que os Correios queiram prestar deve ser com as mesmas condições competitivas de outras empresas. E outra importante lição é entender que a tecnologia digital existe e não tem sindicato para protegê-la. É o caso dos bancos que fazem greve prejudicando principalmente a população idosa e semi-analfabeta, pois estes não sabem utilizar os meios eletrônicos.

Se estas entidades tivessem preocupadas com os seus negócios em termos de futuro, saberiam que a cada greve como esta, menos pessoas e empresas usarão os serviços oferecidos e buscarão os meios alternativos existentes. Além de novos serviços que serão oferecidos, cujo resultado será uma enorme diminuição no pessoal empregado, principalmente grevistas. Sugiro que os Correios demonstrem aos seus colaboradores as tendências tecnológicas existente, a fim de evitar interrupções dos serviços prestados como esta. Estimulem a competição porque é saudável.

O autor, Ricardo Coube, é diretor presidente do Grupo Tiliform

Fonte: Jornal da Cidade de Bauru

Um comentário:

  1. Tauba de tiro ao alvaro

    Esse "tiro no pé", embora pareça, não foi por burrice. Ao contrário, foi muito bem calculado e repleto de "esperteza", para conseguir exatamente o resultado que se almejava. E conseguiu-se. A população só fala em privatização dos Correios, para felicidade e gáudio dos courriers.

    Brasil... Meu Brasil brasileiro...

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