sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Justiça julgará greve dos Correios na terça; acordo fracassa

DE SÃO PAULO

Fracassou a última tentativa do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de costurar um acordo entre os Correios e os trabalhadores em greve há 24 dias.

Com isso, foi decidido nesta sexta-feira que o tribunal irá julgar, na próxima terça-feira (11), o dissídio da categoria.

O caso será decidido em julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos do TST, composta por nove ministros do tribunal.

Empresa e funcionários participaram hoje de uma nova audiência no TST, para julgamento da liminar, concedida ontem, que obriga os grevistas a manterem pelo menos 40% do pessoal trabalhando nas unidades de serviço.

Os Correios afirmam que 80% de seus funcionários estão trabalhando.

DESCONTO

Na audiência desta sexta, a Fentect (federação dos trabalhadores) afirmou que o acordo foi rejeitado devido ao desconto dos dias parados e do baixo aumento real oferecido pelo governo.

Diante disso, os Correios propuseram desconto de 12 dias e a compensação dos outros 12. O TST, por sua vez, propôs a devolução dos valores dos dias já descontados, a serem pagos em 12 parcelas a partir de janeiro de 2012, e a compensação --ou seja, em horas extras-- dos demais. Além disso, sugeriu também reajuste de 6,87%, abono imediato de R$ 800 e aumento linear de R$ 60 a partir de janeiro/2012.

O TST advertiu que a jurisprudência da corte só não admite desconto em greves por atraso de salários. Nos demais casos há desconto.

Apesar de os Correios aceitarem a nova proposta, a Fentect não concordou --por isso a palavra final agora será da Justiça.

HISTÓRICO

A proposta de consenso que foi rejeitada no início da semana previa a reposição da inflação de 6,87%, retroativo a agosto, e um reajuste linear de R$ 80 a partir de outubro.

Os dias seriam compensados. Em 15 deles, os trabalhadores atuariam aos sábados e domingos para colocar em dia o passivo de carga atrasada.

Os outros seis, que já foram descontados na folha de pagamento de setembro, seriam devolvidos imediatamente aos grevistas, mas haveria um desconto a partir de janeiro, parcelado em até 12 meses.

No início do movimento, a categoria reivindicava aumento salarial linear de R$ 400 a partir de janeiro, reposição da inflação calculada em 7,16% e mais 24,76% referentes a perdas acumuladas desde 1994.

Fonte: Folha.com

Um comentário:

  1. Independente da decisão do TST na terça, os grevista só vão se reunir na quinta dia 13, pois quarta dia 12 é feriado, para analisar a decisão, e são eles, os grevistas que vão decidiu sobre o fim da greve. Informou José Gonçalves, do comando da Fentec ao Valor Econômico.
    Colega franqueado, esta quinzena, também já era! Já são duas, acumulando o prejuízo.
    Como vamos fazer para honrar nossos compromissos financeiros?

    ResponderExcluir

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