sábado, 11 de dezembro de 2010

Sindicato teme colapso nos correios

Leslie Cia Silveira - editornet@liberal.com.br

Região - As cartas e encomendas na época do Natal têm um aumento médio de 40% a 50% comparado com outros períodos do ano. O Sintect (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios) de Campinas e Região teme um colapso na entrega por conta da defasagem de carteiros. "A expectativa é que muitas encomendas cheguem após o Natal e até depois da Virada do Ano", previu o diretor da entidade sindical que abrange 84 cidades - inclusive as cinco do RPT - Região do Polo Têxtil - Valdir Florentino.

O diretor disse que há setores, que no período natalino, chegam a ter um volume cinco vezes maior de encomendas. Esse crescimento, segundo ele, deve-se não apenas ao espírito do Natal, mas as facilidades das vendas pela internet e da consequente entrega dos produtos pelos Correios.

Estimativas divulgadas pela categoria apontam para um déficit de 20 carteiros apenas em Americana e Santa Bárbara d´Oeste. O sindicato informou que em 2010 a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) não fez o Sistema de Destino - um levantamento anual baseado na contagem de quantas cartas chegam em cada cidade, os pontos de distribuição (destino) e as encomendas entregues.

Além disso, segundo o diretor do Sintect, o PDV (Plano de Demissão Voluntário) lançado pelos Correios no final do ano passado criou lacunas ainda não preenchidas. "Não temos como saber o número exato de carteiros que falta em cada cidade por conta desses fatores. Mas, na prática é possível ter uma ideia da defasagem observando o atraso na entrega das correspondências", disse Florentino.

Atraso
De acordo com o diretor, que trabalha nos Correios de Rio Claro, o atraso médio de entrega das cartas aos destinatários que até 2008 e parte de 2009 era de dois dias, hoje é de dez a 12 dias. "E, esse prazo deve ampliar ainda mais com a proximidade do Natal", previu.

Os carteiros sentem na pele os reflexos da falta de efetivo. O LIBERAL conversou com um carteiro que trabalha em Americana - e que pediu para não se identificar - sobre o volume de trabalho. "Os carteiros sempre tiveram credibilidade e por conta do acúmulo de correspondências, e do consequente atraso, essa credibilidade fica ameaçada", disse o trabalhador, que há 20 anos exerce a profissão.

O carteiro contou que para suprir a falta de carteiros, os Correios intensificaram, em 2010, o sistema de contratação de mão de obra temporária por até 90 dias. "O temporário chega e quando ele consegue aprender tudo vence o contrato, que não pode ser renovado. Então, vem outro contratado novo que não sabe executar o serviço e assim gera o acúmulo", relatou.

Agressões
Essa situação tem gerado a mudança de comportamento da população que, equivocadamente, acaba culpando os carteiros pelo atraso. "Alguns têm sido vítimas de agressões verbais e até física", afirmou o diretor. Outro reflexo do déficit é o acúmulo de horas extras e a sobrecarga de trabalho.

Fonte: O Liberal

Um comentário:

  1. É....aí vem uma porr*da de "burrocratas" uns meses atrás e dizem que não haveria apagão postal se as franquias fechassem as portas: imaginem só eles remanejando carteiros/atendentes para os pontos de atendimento que íriam substituir as franquias ????
    Quem iria atender a população e entregar as encomendas ???? Acorda Paulo Bernardo: chame os franqueados para uma conversa franca, ouça o que eles viram de mudança- seriam negativas ou positivas? como sou Polianna - na empresa neste ultimos 08 anos...os franqueados não usarão do corporativismo infantil que os funcionarios dos Correios são "useiros e vezeiros" em utilizar para protegerem-se entre si de cagad*s feitas por eles mesmos, e assim colocarão o dedo na ferida.
    Você, Paulo Bernardo, tem nos franqueados uma auditoria free, 0800: não precisará pagar nada por ela.

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