quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Planalto decide hoje substituição nos Correios

Paulo Bernardo já tem os nomes que deverão ocupar a vaga do coronel Eduardo Artur Rodrigues, que pediu demissão na segunda. Ministro foi nomeado como interventor para abafar crise na estatal

Luciana Marques

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já entrou em ação para abafar a crise na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Sua primeira medida como interventor do órgão foi reunir-se nesta terça-feira com o presidente dos Correios, David José de Matos, e conversar ao telefone com o ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, para decidir as estratégias a fim de limpar a imagem da companhia, envolvida nos escândalos que culminaram na queda da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.

Paulo Bernardo ficou à frente do caso a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ordenou que o ministro interrompesse suas férias – que terminariam no dia 5 de outubro – para se tornar interventor da crise nos Correios. No encontro com o presidente da instituição, Bernardo aproveitou para jogar na mesa os nomes cotados para substituir o coronel Eduardo Artur Rodrigues, ex- diretor de operações da estatal. Ele pediu demissão nesta segunda-feira depois de ser apontado como testa de ferro do empresário argentino Alfonso Conrado Rey, verdadeiro dono da Master Top Linhas Aéreas (MTA).

Os nomes devem ser apresentados ainda hoje ao presidente Lula, que passou o dia cumprindo agenda no Tocantins. A tendência é que a vaga seja ocupada por um técnico com conhecimento nas áreas de transportes e logística. O objetivo do governo é realizar a substituição o mais rápido possível para evitar uma crise ainda maior. Mesmo não participando da reunião, Lula mandou uma mensagem de incentivo aos dirigentes da companhia. Com Paulo Bernardo como porta-voz, disse ter confiança em toda a equipe e direção de trabalhadores dos Correios.

Casa Civil – Esta é a segunda vez que o ministro Paulo Bernardo atua como interventor dos Correios. Em julho, ele participou da reformulação da estatal, ao lado de Erenice Guerra. A presença de Bernardo nos bastidores – muitas vezes apagando a atuação do ministro das Comunicações - não é gratuita. O presidente Lula fez questão de que ele não se candidatasse nessas eleições para continuar no governo. Bernardo foi cotado para ser ministro da Casa Civil duas vezes – com a saída de Dilma Rousseff da pasta e agora com a queda de Erenice Guerra. E, caso Dilma seja eleita, as chances de que ele ocupe o cargo são grandes, uma vez que Guerra está fora do páreo.

Ordem – Depois do encontro com Paulo Bernardo, o presidente dos Correios reuniu o grupo de diretores e superintendentes da estatal para repassar as ordens vindas do Planalto. Mário Renato Borges da Silva, chefe do departamento de relação institucional dos Correios, afirmou que a preocupação dos ministros foi mostrar que a empresa está funcionando normalmente: “A ideia é que tenhamos um plano de ações objetivo até o final do ano e que as pessoas entendam que os Correios continuam operando”.

As ações de curto prazo são voltadas para o fim do ano, quando a demanda por correspondências aumenta substancialmente. Além das cartas durante o período de Natal e Ano Novo, a estatal é responsável pela distribuição de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pelo transporte de todos os livros didáticos da rede pública de ensino do país, cujo número chega a 135 milhões. Para evitar maiores desgastes na imagem da empresa, os Correios deverão ainda atingir os consumidores: agências provisórias serão montadas e o número de guichês de atendimento, aumentados.

Fonte: Veja

6 comentários:

  1. A Associação Nacional das Franquias Postais do Brasil apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC 27) relativa à Lei de Franquia Postal (Lei nº 11.688/2008), que regulamenta a manutenção e a expansão da rede de agências franqueadas dos Correios. Liminarmente, a associação pede que sejam mantidos os contratos de franquia postal vigentes até que sejam regularizados, conforme determinam os dispositivos questionados (artigo 6º, incisos III e IV, artigo 7º, parágrafo único, e artigo 10º).



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    A Associação é autora também de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4437) em que questiona o Decreto nº 6.639/2008. Ao regulamentar a Lei das Franquias, segundo alega, o decreto “alterou a natureza jurídica do contrato de franquia postal”, criando um novo modelo de contratação “sem qualquer base ou estudo de viabilidade”, além de extinguir a relação jurídica e os contratos anteriores. A ADI está em tramitação no STF, sob relatoria do ministro Marco Aurélio.

    Nesta nova ação, que tem como relatora a ministra Ellen Gracie, o que a Associação pretende é a declaração da validade da Lei das Franquias, sem as alegadas inconstitucionalidades existentes no decreto que a regulamentou. Segundo a inicial da ADC, existem várias ações judiciais em trâmite, em todos os graus de jurisdição, que discutem a inconstitucionalidade da atual legislação, especialmente dos artigos 6º e 7º, e dos editais de licitação fundados no decreto. A entidade pretende que o STF suspenda todos esses julgamentos.

    O artigo 6º prevê, em seus incisos III e IV, que a rede de agências franqueadas seja mantida e expandida, e o atendimento melhorado. O parágrafo 7º afirma que os contratos em vigor em 27 de novembro de 2007 valem até a entrada em vigor das franquias contratadas de acordo com a nova lei, dando à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) prazo de 24 meses para concluir todas as novas contratações. “Em razão de distorções jurídicas e interpretações equivocadas, ocorreram violações a preceitos fundamentais e tem-se deflagrado um verdadeiro terrorismo acerca de um apagão postal, proveniente inclusive de uma data errada”, sustenta a associação.

    Fonte: STF




    Eduardo

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  2. Brasil corre risco de apagão postal

    O Brasil corre o risco de ter um apagão postal. Os Correios, que sempre tiveram serviço bom, estão ficando pior. Está acontecendo uma coisa mais grave: hoje, a manchete do GLOBO trata do assunto, dizendo que o governo decidiu fazer uma intervenção branca nos Correios, porque há várias irregularidades lá de indicados da ex-ministra Erenice Guerra. Pelo que estou vendo, em declarações, todas as responsabilidades estão sendo colocadas nela.

    Deve ter razão, mas o problema dos Correios é mais antigo: houve vários escândalos no governo Lula, a primeira vez , foi quando se divulgou o vídeo de um funcionário recebendo dinheiro na mão. Como era indicado político, foi considerado por Roberto Jefferson como fogo amigo, por atacá-lo, o que detonou a denúncia que fez sobre o mensalão. O fio da meada foi isso. Depois, outras demissões ocorreram e, agora, nesta semana, saiu o diretor de operações, o coronel Eduardo Artur Rodrigues, escolhido pela ex-ministra Erenice Guerra.

    A matéria do GLOBO mostra que, hoje, quem manda de verdade nos Correios é o diretor de Recursos Humanos, porque o presidente e outros diretores foram colocados de lado, porque são indicados de Erenice.

    Uma coisa tem efeito mais imediato: a licitação para renovação de 1.400 franquias, que fazem com que atuem no Brasil todo, estão suspensas, porque as exigências não foram cumpridas. O que se vê é uma coisa fora de propósito: a Casa Civil administrar uma empresa do governo.

    No governo Lula, ele loteou politicamente os Correios, e isso não deu certo. Agora, corremos o risco de um apagão postal. Esse caso é impressionante porque mostra o erro repetido, o prejuízo do usuário e da empresa que tem imagem de serviços públicos prestados durante mais de século. É impressionante o que se pode fazer, quando não são critérios de competência que conduzem as escolhas do governo em relação a administradores públicos.

    Ouçam aqui o comentário na CBN


    http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/09/22/brasil-corre-risco-de-apagao-postal-326604.asp

    fonte: miriam leitão, oglobo.com


    Eduardo

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  3. Planalto busca um técnico para Diretoria de Operações
    Ideia é convencer Hélio Costa a tirar a proteção de seus apadrinhados na estatal e dar um verniz de 'desloteamento político'
    22 de setembro de 2010 | 0h 00

    Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
    Para escapar do terreno minado nos Correios, o governo busca agora um técnico de carreira, e não um afilhado político, para ocupar o lugar do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva na Diretoria de Operações da estatal. Silva foi defenestrado após a descoberta de que era testa de ferro da empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), como revelou o Estado.


    Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, conversou na noite de segunda-feira com seu colega das Comunicações, José Artur Filardi. Até agora, porém, o governo não encontrou um nome para substituir Silva.

    Dois funcionários do quadro de carreira recusaram o convite, segundo apurou o Estado. Preocupado com o impacto da crise nos Correios na campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, Lula vai conversar novamente hoje com Bernardo, durante viagem a Curitiba (PR).

    O presidente tirou o ministro do Planejamento das férias e deu a ele poder para atuar como uma espécie de interventor nos Correios. Ainda ontem, Bernardo encomendou à área técnica do Planejamento um diagnóstico dos Correios, para saber, por exemplo, qual é o número de funcionários, orçamento e organograma da empresa.

    Em março de 2007, durante o caos aéreo, Bernardo também atuou como negociador para pôr fim à greve dos controladores de voo. A estatal virou foco de escândalos - muitos dos quais em conexão com a Casa Civil à época que Erenice Guerra era ministra - e Lula quer evitar ser surpreendido às vésperas da eleição.

    Franquias. O presidente já foi informado de que, por causa do impasse para a renovação dos contratos de 1.402 agências franqueadas, cerca de 30 mil funcionários dos Correios podem ser dispensados, em todo o País.

    Demissão em massa e nova crise nos Correios é tudo o que Lula não quer agora. A ideia é passar um verniz de "desloteamento político" na estatal e convencer o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa - atual candidato do PMDB ao governo de Minas - a tirar a proteção de seus apadrinhados na empresa. Um deles é o diretor comercial, Ronaldo Takahashi, também ligado a Erenice, que é conhecido nos Correios como "diretor ministro". / COLABORARAM LU AIKO E KARLA MENDES



    Eduardo

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  4. Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
    Para escapar do terreno minado nos Correios, o governo busca agora um técnico de carreira, e não um afilhado político, para ocupar o lugar do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva na Diretoria de Operações da estatal. Silva foi defenestrado após a descoberta de que era testa de ferro da empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), como revelou o Estado.


    Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, conversou na noite de segunda-feira com seu colega das Comunicações, José Artur Filardi. Até agora, porém, o governo não encontrou um nome para substituir Silva.

    Dois funcionários do quadro de carreira recusaram o convite, segundo apurou o Estado. Preocupado com o impacto da crise nos Correios na campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, Lula vai conversar novamente hoje com Bernardo, durante viagem a Curitiba (PR).

    O presidente tirou o ministro do Planejamento das férias e deu a ele poder para atuar como uma espécie de interventor nos Correios. Ainda ontem, Bernardo encomendou à área técnica do Planejamento um diagnóstico dos Correios, para saber, por exemplo, qual é o número de funcionários, orçamento e organograma da empresa.

    Em março de 2007, durante o caos aéreo, Bernardo também atuou como negociador para pôr fim à greve dos controladores de voo. A estatal virou foco de escândalos - muitos dos quais em conexão com a Casa Civil à época que Erenice Guerra era ministra - e Lula quer evitar ser surpreendido às vésperas da eleição.

    Franquias. O presidente já foi informado de que, por causa do impasse para a renovação dos contratos de 1.402 agências franqueadas, cerca de 30 mil funcionários dos Correios podem ser dispensados, em todo o País.

    Demissão em massa e nova crise nos Correios é tudo o que Lula não quer agora. A ideia é passar um verniz de "desloteamento político" na estatal e convencer o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa - atual candidato do PMDB ao governo de Minas - a tirar a proteção de seus apadrinhados na empresa. Um deles é o diretor comercial, Ronaldo Takahashi, também ligado a Erenice, que é conhecido nos Correios como "diretor ministro". / COLABORARAM LU AIKO E KARLA MENDES


    fonte: estadao.com


    Eduardo

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  5. Vera Rosa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
    Para escapar do terreno minado nos Correios, o governo busca agora um técnico de carreira, e não um afilhado político, para ocupar o lugar do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva na Diretoria de Operações da estatal. Silva foi defenestrado após a descoberta de que era testa de ferro da empresa Master Top Linhas Aéreas (MTA), como revelou o Estado.


    Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, conversou na noite de segunda-feira com seu colega das Comunicações, José Artur Filardi. Até agora, porém, o governo não encontrou um nome para substituir Silva.

    Dois funcionários do quadro de carreira recusaram o convite, segundo apurou o Estado. Preocupado com o impacto da crise nos Correios na campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, Lula vai conversar novamente hoje com Bernardo, durante viagem a Curitiba (PR).

    O presidente tirou o ministro do Planejamento das férias e deu a ele poder para atuar como uma espécie de interventor nos Correios. Ainda ontem, Bernardo encomendou à área técnica do Planejamento um diagnóstico dos Correios, para saber, por exemplo, qual é o número de funcionários, orçamento e organograma da empresa.

    Em março de 2007, durante o caos aéreo, Bernardo também atuou como negociador para pôr fim à greve dos controladores de voo. A estatal virou foco de escândalos - muitos dos quais em conexão com a Casa Civil à época que Erenice Guerra era ministra - e Lula quer evitar ser surpreendido às vésperas da eleição.

    Franquias. O presidente já foi informado de que, por causa do impasse para a renovação dos contratos de 1.402 agências franqueadas, cerca de 30 mil funcionários dos Correios podem ser dispensados, em todo o País.

    Demissão em massa e nova crise nos Correios é tudo o que Lula não quer agora. A ideia é passar um verniz de "desloteamento político" na estatal e convencer o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa - atual candidato do PMDB ao governo de Minas - a tirar a proteção de seus apadrinhados na empresa. Um deles é o diretor comercial, Ronaldo Takahashi, também ligado a Erenice, que é conhecido nos Correios como "diretor ministro". / COLABORARAM LU AIKO E KARLA MENDES
    fonte: estadao.com

    Eduardo

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  6. E agora a filha do Presidente ! afff... é o fim do mundo tem que cair !

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