sábado, 25 de setembro de 2010

O tema está na pauta

WALTER GOMES
wgomes@brasiliaemdia.com.br

Quando a mídia brasileira denuncia flagrantes de malandragem no governo central, a reação é imputar-lhe o estigma de “golpista”, entre outros adjetivos inconvenientes na transcrição literal. Há hoje interesses contrariados de veículos de comunicação, como ocorreram nas gestões anteriores à do grão-senhor da República Encantada dos Trópicos. O poder abomina a crítica. Por isso, quer silenciá-la. Foi assim na ditadura militar, de triste lembrança, e repete-se agora na pressão civil do governante que blasfema ao se proclamar defensor da liberdade de imprensa. Há ameaças de censura. Não progridem, é certo, mas persistem.

Lá fora, os escândalos publicados contrariam o endeusamento interno do presidente. Os recentíssimos casos ocupam as primeiras páginas de jornais da Europa e dos Estados Unidos, além de horários nobres das redes de tevê do Império do Norte e de estações televisivas europeias. A maluca quebra do sigilo bancário de parentes do tucano José Serra, candidato de oposição – fraco, sublinhe-se – ao projeto eleitoral do Palácio do Planalto, proporcionou manchetes de diários e escaladas de programas jornalísticos de televisão. A queda de Erenice Guerra da chefia da Casa Civil deu sequência às más notícias sobre o Brasil, colocado, também, como parceiro de países onde impera o absolutismo.

O “The Times”, inglês, em artigo assinado pela editora internacional, Bronwen Maddox, considera “quase certa” a eleição de Dilma Rousseff. Admite, entretanto, que as acusações de corrupção contra a aliada e sucessora “podem ofuscar o início de sua presidência, em momento crucial para o Brasil”. O “El País”, espanhol, em reportagem de seu correspondente no Rio de Janeiro, Francho Baron, aborda tema semelhante. Escreveu: “A chuva de acusações de tráfico de influência e corrupção impacta a brilhante campanha de Rousseff”. O estadunidense “The Wall Street Journal” dá destaque ao assunto: “Pelo fato de [Erenice] Guerra ser ex-braço direito de Dilma Rousseff, o escândalo é uma recordação de outras acusações de corrupção que mancharam o Partido dos Trabalhadores”. O periódico, editado em Nova York, afirma que as acusações não devem mudar o resultado das urnas, mas “forçaram o governo e a campanha de Rousseff ao trabalho para controle de danos que perturbam”.

Reprise do crime

Lembrai-vos do Mensalão do PT.

O enredo da tragicomédia começou com a prova de corrupção na Empresa de Correios e Telégrafos.

A partir daí, vieram as quedas, com a divulgação dos nomes de agentes ativos e passivos da corrupção generalizada que atingira o Parlamento, sobretudo a Câmara Federal.

Entre os que tombaram, o próprio denunciante do propinoduto, Roberto Jefferson, cassado pelos colegas deputados.

Jefferson, presidente nacional do PTB, afirma:

“Continua a bandalheira”.

“Pós-escrito”: o chefe do governo, irritadíssimo com a repercussão da crise gerada na Casa Civil, determinou varredura, completa e rápida, na ECT.

Fonte: Brasilia em Dia

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