terça-feira, 14 de setembro de 2010

Lugar de Erenice num eventual governo Dilma fica comprometido

A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, deverá ser preservada no cargo se o caso envolvendo seu filho e ela própria não evoluir ainda mais. Já sua cogitada participação num eventual governo Dilma Rousseff não deve acontecer.

A informação foi dada por uma importante fonte da campanha. Segundo esse interlocutor, não há provas contra ela, "apenas ilações". Além do mais, uma demissão da chefe da Casa Civil serviria de "munição para a campanha de José Serra" (PSDB) na reta final da disputa.

"Não acho que ela vá ser demitida. Não há provas contra ela, a não ser que algum fato novo ocorra. Agora, certamente fica comprometida no (futuro e eventual) governo", disse a fonte sob condição do anonimato.

A revista Veja publicou no fim de semana denúncias de que seu filho Israel Guerra faria tráfico de influência quando Erenice era a secretária-executiva de Dilma na Casa Civil. Ele teria agilizado um contrato de um empresa com os Correios.

Na condição de braço direito da presidenciável petista, a simples suspeita sobre a ministra esvazia seu cacife para ocupar um posto.

Nas últimas semanas, crescia a possibilidade de Erenice continuar à frente da Casa Civil caso Dilma vença a eleição. Essa avaliação de integrantes do núcleo duro da campanha levava em conta justamente a proximidade entre a ex com a atual ministra.

"Com Erenice, a Casa Civil seria a Dilma", comentou outra fonte há duas semanas, acrescentando, naquela ocasião, que era mais fácil a atual ministra permanecer no posto do que Antonio Palocci, cotado para a cadeira, assumir.

A Casa Civil ganhou o status de super-ministério com José Dirceu. A imagem manteve-se com Dilma, e a pasta ganhou ainda a gerência dos principais programas federais.

O episódio de suposto tráfico de influência atinge, portanto, o coração do Palácio, e o PT evita que, por associação, atinja também o sistema nervoso central da campanha. Tenta isolar a denúncia a um "problema do Executivo". Essa, ao menos, é a ordem em vigor.

O governo concluiu que é preciso dar uma resposta rápida para não causar danos à candidata. Começou a tomar providências abrindo um processo de apuração de infração ética na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. O órgão foi provocado pela própria Erenice.

A denúncia já resultou na queda de um funcionário supostamente envolvido. Nesta segunda-feira, o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil Vinícius de Oliveira Castro pediu exoneração da função. Ele é citado por Veja como envolvido num possível esquema de tráfico de influência ao lado de Israel Guerra.

Fonte: Portal Terra

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