terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sinal de alerta nos Correios

A pouco mais de dois meses do fim dos contratos com os franqueados, a ECT luta para sair do caos

Vera Batista

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que, desde 2005, tem seu nome associado a denúncias de corrupção, avisou que está pronta para substituir as lojas em poder de franqueados, caso não consiga finalizar, até o próximo 10 de novembro, a licitação que vem sendo questionada na Justiça. A companhia separou R$ 426 milhões de seu caixa para um plano de emergência, dinheiro que será usado na ampliação de postos próprios de atendimento, aluguel de imóveis, compra de móveis e reforço da frota de transporte.


Companhia separou R$ 426 milhões de seu caixa para um plano de urgência que será usado na ampliação de serviços Foto: Junot Lacet/DB/D.A Press
A decisão de endurecer o discurso na disputa que trava com os franqueados nos tribunais faz parte da estratégia da ECT de sair, o mais rapidamente possível, do caos em que se meteu, depois de ter o seu comando rateado entre os partidos políticos da base aliada do governo. Modelo de eficiência, a empresa se tornou sinônimo de atraso e má prestação de serviço. Nem mesmo o tradicional Sedex escapou do apagão logístico enfrentado deste o fim do ano passado - a empresa viu a frota de aviõesalugados cair de 13 para três e não conseguiu contratar caminhões a tempo para garantir os serviços.

A ordem do novo presidente dos Correios, David José de Matos, é chegar até o fim do ano com a casa arrumada, mesmo que isso implique não renovar com a totalidade dos 1.415 franqueados por todo o país, que respondem por 12% do atendimento da empresa. Segundo Mário Renato Borges, chefe do Departamento de Relações Institucionais da companhia, não há como a ECT passar por cima da Lei n° 11.668/2008 e de uma determinação do Tribunal de Contas da União, ambas prevendo a revisão de todos os contratos das franquias. A renovação se baseou em um estudo de viabilidade econômica, que reduzirá, de R$ 860 milhões para R$ 670 milhões, o total pago por ano pela empresa aos prestadores de serviço.

Fonte: Jornal O Norte

Um comentário:

  1. O que vai acontecer com os usuários das franquiadas? A gente vai ter que ir para aquelas agencias próprias??? Srs do PMDB, já que a culpa é de vocês resolvam, aposto que vocês nunca entraram em uma destas agencias próprias, entraram? É um caos com as franquiadas trabalhando, imagina com as franquiadas fechadas???

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