terça-feira, 29 de junho de 2010

Correios, em crise, buscam reformulação

Aos 42 anos de vida, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) passa por uma crise. Entre seus males, há registros de atraso na entrega das correspondências, contratação de franqueados sem licitação e vagas abertas por programa de demissões voluntárias (PDV) que continuam sem titulares.

Como uma crise de meia-idade, os problemas foram se agravando e culminaram, no começo do mês, com o afastamento do diretor de operações Marco Antonio Marques de Oliveira.

Ele mesmo, antes de se desvincular do cargo, havia alertado, em relatório do segundo semestre de 2009, para o "mal generalizado" da "forte degradação da qualidade operacional do serviço de encomendas" da empresa.

O governo federal entrou em campo, decidido a fazer uma reestruturação institucional, adotando novas medidas de gestão.

Segundo ordens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, e da Casa Civil, Erenice Guerra, passam a verificar de perto o processo de elaboração de medidas para conter as críticas.

Além das questões apontadas, também há polêmicas que giram em torno, por exemplo, do monopólio da ECT para realizar serviços postais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou no último agosto essa exclusividade, mas há consenso de que a legislação que regula o setor precisa ser mais detalhada.

Em termos financeiros, não parece haver problemas. Em maio, a ECT apresentou faturamento 17% mais alto do que o registrado há um ano.

Nos cinco primeiros meses deste ano, a receita chegou a R$ 5,27 bilhões, com crescimento de 9,8% em comparação com o mesmo período de 2009.

Enquanto a ECT procura meios de sobreviver à crise, multinacionais como DHL, UPS e Fedex, que cuidam do transporte expresso de cargas, ampliam sua atuação no país.

Fonte: Brasil Econômico