Segundo dados do próprio governo, o reajuste de 7,7% causará uma despesa adicional ao governo de R$ 1,6 bilhão, em comparação aos R$ 6,7 bilhões que custam os 6,14%, que já são pagos desde janeiro. O destaque aprovado foi apresentado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. A proposta de 7,7% é o resultado da concessão da inflação do período mais 80% do PIB de 2008.
Maior bancada da Câmara, o PMDB foi fundamental para a costura do acordo em torno dos 7,7%.
- Com muito orgulho, votamos em 7,7% - disse o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que já tinha dito que acompanharia a posição do PMDB no Senado, que já tinha fechado com os 7,7%.
Em seu discurso, o líder Vaccarezza disse que o governo não concordava.
- Chegamos a uma posição clara, de 7% - disse Vaccarezza.
O governo já tinha sido derrotado na votação preliminar, porque os deputados aceitaram que poderiam ser analisadas as emendas que defendem reajustes de 7,7%, por exemplo. Os deputados já aprovaram o texto-base do relator da MP, deputado Cândido Vaccarreza (PT-SP), prevendo o reajuste de 7%, mas o índice final será definido depois de votados todos os destaques. Os deputados também recusaram destaque do DEM, que previa um reajuste de 8,7%.
Governo promove reunião mas não convence deputados

Mais cedo, na tentativa de sensibilizar a oposição para a proposta de um reajuste de 7%, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido (PT-SP), promoveu um encontro do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, com os líderes do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA); do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC); e do PPS, deputado Fernando Coruja (SC). Segundo os líderes, o ministro repetiu o discurso de que o governo não aceita um reajuste de 7,7%. Não houve, porém, acordo, já que a base aliada continua dividida. O fiel da balança será o PMDB, que no Senado defende o aumento de 7,7%.
Vaccarezza reafirmou que pediria ao líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que, pelo menos, libere a bancada do partido na votação da MP.
Maior partido na Câmara e no Senado, o PMDB defende um reajuste de 7,7% , enquanto o governo quer 7% . Na semana passada, o líder Henrique Eduardo Alves avisou que, se no Senado o PMDB insistisse com os 7,7%, ele votaria da mesma forma na Câmara. A intenção de Vaccarezza é tentar convencer parte do partido a aceitar os 7%.
- Trabalho pela chance de ganhar (e aprovar os 7%). É uma discussão pobre (essa de vincular a posição da Câmara à posição do Senado). O ministro da Previdência esteve aqui, com a oposição, para mostrar os números da Previdência e não para negociar - disse Vaccarezza, admitindo que uma parte dos deputados quer 7,7%.
Já o líder do DEM, Paulo Bornhausen (SC), disse que ninguém será irresponsável do ponto de vista fiscal, mas que o próprio governo tem que se entender com sua base e ter uma posição unificada.
- O governo não trouxe o acordo com as centrais para o Congresso no ano passado e agora colhe os frutos da discórdia. A base é que tem que chegar a um acordo. O governo está enrolado - disse Bornhausen.
Fim do fato previdenciário é aprovado
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feria o fim do fator previdenciário a partir de 2011. A emenda foi apresentada pelo líder do PPS, Fernando Coruja (SC). O fator foi criado em 1999, no governo Fernando Henrique, e já tinha economizado para o governo R$ 10,1 bilhões. O PSDB - partido de Fernando Henrique - acabou liberando a bancada.
- É a noite da irreponsabilidade - resumiu o deputado Arnaldo Madeira (SP), que votou contra.
FONTE: O Globo
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