domingo, 24 de agosto de 2014

TCU REPROVA ESTUDOS DOS CORREIOS PARA 425 AGÊNCIAS

André Borges / Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) reprovou os estudos de viabilidade apresentados pelos Correios para liberar a licitação de 425 agências pelo País. Os relatórios foram enviados ao TCU em novembro de 2013. A empresa depende dessa aprovação para leiloar as franquias. Após analisar o material, os auditores concluíram que o material "não foi capaz de definir, com aceitável grau de segurança, o valor de cada agência que será licitada". Basicamente, o TCU afirma que não foram adotados critérios diferentes para cada tipo de agências e sua localização. "Foram detectadas nesse estudo diversas deficiências graves", disse o relator do processo, Benjamin Zymler.
O TCU reprovou o material e determinou que, em 120 dias, um novo estudo de viabilidade econômica e financeira deve ser apresentado. A estatal foi proibida de fazer novas licitações de franquias enquanto não tiver um novo estudo aprovado.
Na avaliação do tribunal, embora o edital tenha como critério de julgamento a "melhor proposta técnica, com preço fixado no edital", não foi apresentada nenhuma metodologia para justificar a definição da taxa inicial da franquia, que deve ser previamente arbitrada. "A estratificação das agências em categorias relacionadas à população do município, na prática, se mostrou inócua, haja vista que, para o mesmo número de guichês, projetaram-se idênticos fluxos de caixa", afirmou Zymler.
O tribunal concluiu que a metodologia usada para dimensionar as agências e suas localizações "não se mostra robusta o suficiente para definir o valor das agências a serem licitadas", porque "foi constada a considerável fragilidade da premissa utilizada para determinar o número de empresas com potencial de contratação".

Problema. As franquias são um problema antigo dos Correios, que remontam à década de 90. Entre 1992 e 1994, a estatal liberou 1.748 autorizações para operação terceirizada de seus serviços. Até 2006, esses contratos foram renovados constantemente, até que o TCU determinou a licitação efetiva das franquias, extinguindo as autorizações.
Procurados pelo Estado, os Correios informaram que aguardam a comunicação oficial do TCU para analisar as observações e definir quais as medidas serão adotadas.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo

6 comentários:

  1. Não sei qual foi o estudo que a ECT mandou parao TCU. Nós as AGFs abertas estamos passando um sufoco só!

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  2. Não entendi alguém pode me explicar???????

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  3. Boa noticia?

    Poderia me explicar seu ponto de vista ?

    Se o (pseudo) edital saísse de maneira adequada, haveria 2 motivos para alegria: 1-as AGFs ja em funcionamento poderiam reivindicar equiparação às novas licitaçãoes; 2- as agencias que fecharam poderiam sonhar(ou ter pesadelos) em abri num novo formato.

    Na verdade o correio não fez estudo algum e não está preocupado: aqui neste mesmo blog há uma noticia antiga, sobre a aprovação com ressalvas deste modelo de agencia franqueada. Há mais de 2 anos o TCU ja falava em "particularidades de cada localidade".

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  4. Com tantas decisões equivocadas da direção dessa estatal, lançando produtos espanta-clientes, contratos comerciais a preços e tarifas mais baixos (muitos sem necessidade nem justificativa plausível), má gestão do fundo de pensão, e por aí vai..., por que o TCU não vai lá APURAR A EVASÃO E O DESVIO DE RECEITAS responsabilizando os agentes causadores???

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  5. Logo que saiu e lei de Acesso a Informação solicitei este tão falado estudo de viabilidade econômica para a ECT, tal solicitação foi indeferida pela ECT, cheguei a duas conclusões:
    1 - os estudo de viabilidade econômica não existe.
    2 - a Lei da transparência e acesso a informação também não.

    viva o Brasil!

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