terça-feira, 11 de outubro de 2011

TST critica sindicatos dos trabalhadores dos Correios

KARLA MENDES - Agencia Estado

BRASÍLIA - Os ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) fizeram duras críticas aos sindicatos dos trabalhadores dos Correios durante o julgamento do dissídio coletivo da categoria. "Houve falta de razoabilidade e bom senso na condução da greve em determinados momentos", criticou o presidente do TST, João Oreste Dalazen.

Ele declarou que, em determinados momentos do movimento grevista, "houve contornos políticos" em que "infiltrados" e pessoas com "postura de absoluta radicalização do comando" impediram o fechamento de um acordo. "Ficou nítido o descompasso entre a cúpula dos sindicatos e as bases", ressaltou Dalazen. O ministro cobrou que essa história "precisa ser passada a limpo imediatamente".

Dalazen cobrou uma reforma sindical como uma das prioridades da legislação trabalhista. "É urgente uma reforma sindical. A primeira coisa é o fim da contribuição sindical obrigatória, (que) é uma forma natural de receita de todos os órgãos sindicais, que tornam os sindicatos menos representativos", ressaltou.

Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente do TST, considera que houve abuso dos sindicatos ao rejeitarem o acordo feito entre o comando de greve, a Fentect, e o tribunal. "Também considero que os sindicatos desrespeitaram o judiciário e a empresa, porque firmaram um acordo depois de horas de negociação", disse. "Se o comando de greve não tem autorização para referendar a negociação mediada pelo tribunal, é desrespeito", reforçou.

Fonte: ESTADÃO.COM.BR

3 comentários:

  1. Ótimo para todos, exceto para a população e para os "parceiros" da ECT!

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  2. Entrega de correspondências deve demorar um mês para ficar em dia

    Apesar do fim da greve dos funcionários dos Correios, categoria afirma que não há carteiros suficientes para normalizar o serviço

    Adriana Caitano e André Vargas

    http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/entrega-de-correspondencias-deve-demorar-um-mes-para-ficar-em-dia

    Os funcionários dos Correios voltam ao trabalho nesta quinta-feira, mas a distribuição de correspondências atrasadas ainda deve demorar um mês para ficar em dia, segundo os próprios trabalhadores. De acordo com o comando de greve da categoria, a justificativa para a demora não é apenas o período de 28 dias em que os trabalhadores ficaram parados. “Para que o serviço fosse feito a contento, precisaríamos de 20.000 carteiros a mais do que o número atual”, afirma Evandro Leonir, um dos diretores da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect). A direção dos Correios contesta a informação e afirma que em dez dias a correspondência estará novamente em dia. Durante a greve, cerca de 185 milhões de entregas ficaram atrasadas.

    A categoria não pretende desobedecer a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que definiu, nesta terça-feira, multa de 50.000 reais por dia em caso de descumprimento. Os 35 sindicatos regionais vão se reunir até a quinta para esclarecer os trabalhadores sobre o resultado da paralisação. Eles terão reajuste de 6,87% nos salários e um aumento linear de 80 reais, conforme a última proposta apresentada pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). “Infelizmente não ficou como a gente queria, mas também não foi tão favorável à empresa. Então o jogo terminou empatado e não saímos com sentimento de derrota”, comentou José Gonçalves de Almeida, o Jacó, diretor do comando de greve.

    A ECT queria que os dias parados fossem descontados do salário dos grevistas e que a greve fosse considerada abusiva. O Tribunal, no entanto, determinou que 21 dias serão repostos com trabalho nos finais de semana e o corte na remuneração será referente a apenas sete dias. Os ministros também consideraram que não houve abuso, já que a entrega de correspondências não é um serviço essencial.

    Irritação - De acordo com Jacó, a categoria sai da greve decepcionada com a falta de habilidade do governo federal nas negociações. “A presidente Dilma Rousseff sequer se manifestou e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, parecia querer jogar gasolina na fogueira com afirmações que não ajudaram em nada”, criticou. “Nos sentimos traídos com o tratamento dado pelo governo que muitos de nós ajudamos a eleger”.

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  3. Tá bom Jacózinho, vai procurar sua turma.

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