quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Greve dos Correios afeta 40% das entregas

RENATO MACHADO
DE BRASÍLIA

A greve nos Correios que começou ontem avançou o segundo dia sem nenhuma possibilidade de acordo entre a empresa e os representantes dos funcionários.

Além de atrasos na entrega, algumas agências fecharam e deixaram de prestar serviços ao público.

Um balanço dos Correios apontou que 28 milhões de objetos deixaram de ser entregues ou estão atrasados --o que representa 40% dos 70 milhões previstos nesses dois dias de paralisação.

Permaneceram suspensos os serviços com horário programado de entrega, como o Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque-Coleta.

A empresa estima que a adesão não aumentou e permanece em torno de 30% dos 110 mil funcionários em todo o país. O número, no entanto, contrasta com o da federação que representa a categoria, que calcula em torno de 75% os funcionários fora de serviço.

O atraso nas entrega não foi o único problema. A reportagem da Folha entrou em contato com agências de Brasília e constatou que algumas delas estavam fechadas nesse segundo dia de greve.

Fonte: Folha.com

6 comentários:

  1. Em vez de negociar, Correios ameaçam trabalhadores em greve nacional

    Trabalhadores estão paralisados com força em todo país

    Um dos princípios da democracia é o diálogo, mas Wagner Pinheiro, presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), parece que faltou nessa aula. No primeiro dia de greve dos trabalhadores dos Correios, a grande imprensa difundiu com ênfase as declarações de Pinheiro, onde em entrevista coletiva afirmou que a estatal só vai negociar reajustes salariais caso a greve seja encerrada.

    A paralisação, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect/CUT), foi o último recurso após mais de 40 dias de negociação, onde lhe foi apresentada uma única proposta, abaixo das expectativas e das exigências da categoria.

    Saul Gomes da Cruz, diretor de Formação Política Sindical do Sincotelba (Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Estado da Bahia), ressalta que o Comando Nacional de Negociações e Mobilização está aberto ao diálogo.

    Mas em vez de sentar para negociar, Pinheiro prefere usar de ameaças para intimidar o movimento grevista, afirmando que descontará a falta dos grevistas durante a paralisação e que não descarta possibilidade de ação judicial contra o movimento.

    “As declarações do presidente dos Correios só inflaram nosso movimento. A greve é maciça, com grande unidade nacional. Vamos seguir buscando o diálogo, mas enquanto os Correios mantiverem essa postura intransigente a greve será mantida”, conclama Saul.

    Os números dão conta de que 70% da área operacional dos Correios está paralisada. Saul ressalta que há dificuldade em manter os 30% de funcionalidade previstos na lei. Ele alerta a população para evitar que procurem os serviços dos Correios neste período.

    “É muito importante que a população tenha ciência de que estamos em greve e que não há garantia das cartas, Sedex, Disque-Coleta, cheguem ao seu destino final. Por isso, conclamamos o apoio e o voto de confiança da sociedade. Os Correios são uma das empresas mais confiáveis, segundo a própria população, mas só será possível manter esse quadro com valorização e reconhecimento da importância dos trabalhadores”, disse Saul.

    A pauta de reivindicações inclui 83 pontos, que envolve a instituição de um piso de R$ 1.635,00; reposição da inflação de 7,16% (de acordo com dados do Dieese); 24,62% de reposição das perdas salariais referente aos anos de 1994 a 2010; melhores condições de trabalho; e reembolso das despesas de creche para os pais; entre outras questões.

    Durante a entrevista coletiva, Pinheiro afirmou que a proposta de reajuste de 6,87%, abono de R$ 800 e R$ 25 de vale-alimentação, que seriam pagos somente em janeiro, era o teto máximo que poderia chegar. Só esqueceu de incluir aí o balanço registrado neste primeiro semestre, que dá conta de um lucro na casa de R$ 500 milhões e coloca abaixo essa política de contenção de gastos.

    “A afirmação de que não tem verba, que há um teto máximo para se trabalhar e que as reivindicações comprometeriam a folha de pagamento, é mentirosa. Há milhões na conta, a venda do Banco Postal injetou mais dinheiro no caixa. Portanto, nada mais justo do que dividir estes lucros com os responsáveis pelo funcionamento da empresa. Os baixos salários, a alta rotatividade e a falta de funcionários deixam claro que o maior investimento que precisa ser feito é no seu próprio quadro.”

    Após o fim da greve, os trabalhadores dos Correios farão jornadas mais extensas para repor o trabalho e colocar a entrega das correspondências em dia. É prática dos trabalhadores públicos filiados à CUT.

    Fonte: William Pedreira – CUT


    Comento: Nós, os espezinhados, perdão, os franqueados dos Correios, conhecemos muito bem esse modo arrogante e imperial de agir dessa poderosa estatal. Senhor presidente, negociação pressupõe DIÁLOGO entre as partes e não imposição da vontade do governo sobre os trabalhadores. Desse jeito nada se resolve e o povão é quem paga a conta!

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  2. A conta do percentual que esta em greve deve ser feita apenas considerando os ligados diretamente a area operacional que são Carteiros,Motoristas,Operador de Triagem e Atendentes. Esse total gira em torno de 70 mil empregados, desses 60/70% estão em greve no Brasil. As areas operacionais não estam bem.

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  3. A vida gira e a Lusitana roda: não é este Sr aí, o presidente dos Correios, que até ontem era sei lá o q da petrobras (queria eu ser tão capaz assim: entender de banana mas arrumar emprego na area de leite em pó), que vem da área sindical, que já foi grevista, agitador, piqueteiro e sei lá o que mais ? Chupa que é de uva, presidente !!!!

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  4. Vou contribuir com os Correios afim de minimizar os problemas:

    "No início do mês passado, os Correios de Alagoas, resolveu suspender a distribuição dos cartões de crédito nas casas dos clientes" lembram???
    Solução dada pela Diretoria foi transferir a distribuição para entrega interna, portanto essa mesma diretoria deveria adotar essa pratica com demais objetos durante todo período de greve. Não é uma boa sugestão???

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  5. Por que antes de iniciar uma greve, os correios não avisam seus clientes? Assim muita gente nem postaria. Isso é uma falta de respeito com a população.

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  6. Colegas, qto a postagem das encomendas as empresas que fazem uso da ECT buscam no mercado outras alternativas que a cada dia vem crescendo.
    Com relação aos FAC's que representam 90% aproximadamente do trafego de cartas, os bancos não param de enviar p/ a impressão e postagens diretas nos Print's., esse trafego esta afundado nos centros de tratamento., e uma das piores Dr's é SPM.

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