Novo presidente da empresa diz que pretende acabar com gargalos na entrega de correspondências no país
Wagner Pinheiro diz que a estatal vai fazer concurso para contratar 9.000 trabalhadores e reformar seu estatuto
DE BRASÍLIA
O novo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, diz que vai dobrar os investimentos da estatal neste ano para R$ 500 milhões.
Ele afirma que sua missão é acabar com os gargalos na entrega de correspondências no país, que tem apresentado atrasos crônicos.
Pinheiro também contou que pretende modernizar o estatuto da companhia, o que permitirá abrir agências no exterior e ter sociedade em empresas de transporte aéreo de carga e logística.
Folha - Quais são os gargalos da empresa hoje?
Wagner Pinheiro - No curto prazo vamos fazer um concurso para contratar 9.000 trabalhadores, resolver a questão das franquias [o governo tem até 11 de junho para fazer licitação e substituir as agências concedidas sem critério a apadrinhados políticos] e do transporte aéreo.
A reforma do estatuto vai facilitar que os Correios tenham parcerias no exterior e possam até abrir agências lá fora. Aqui no Brasil nós poderemos ser sócios minoritários em empresas, vamos poder criar subsidiárias na área de logística. Eventualmente, existe a possibilidade de os Correios serem sócios ou criarem uma subsidiária de transporte aéreo.
Uma das ideias do governo era comprar a MTA Linhas Aéreas [empresa investigada no escândalo Erenice Guerra e declarada inidônea pelos Correios neste ano por descumprir contrato].
Não tem conversa com ninguém, um nome específico. Com o novo estatuto nós poderemos ser sócios minoritários de uma nova empresa ou de várias empresas de aviação. Pode ser de uma nova, mas, em tese, o adequado para os Correios é serem sócios minoritários, e não ter uma subsidiária integral.
O senhor pegou a empresa sucateada?
A empresa opera normalmente, mas temos que avançar bastante. Precisamos dobrar o investimento anual. A gente quer aumentar para algo em torno de R$ 500 milhões. Nos últimos anos não se investiram nem R$ 250 milhões.
O governo da presidente Dilma [Rousseff] quer que aprimoremos a gestão, o cotidiano e os instrumentos de controle para evitar desvios éticos, pessoais, que possam contaminar a empresa.
O governo é composto por uma série de partidos, entre eles o PMDB. Não tenho dúvidas de que todos os partidos querem isso para os Correios.
Isso significa que pode haver indicações do PMDB?
São indicações técnicas de pessoas que tenham preparo e currículo adequado para as funções que vão desempenhar. Pode torcer para o Flamengo, Internacional ou Bahia, não se trata de que time torce. O que se trata é do preparo profissional.
Fonte: Folha de São Paulo
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