sábado, 28 de agosto de 2010

Operação de guerra nos Correios

A estatal lança um plano emergencial para conter a crise das agências franqueadas, mas ainda há risco de um apagão postal

Por Rodolfo Borges

Os Correios iniciaram uma operação de guerra para minimizar os efeitos que o impasse com suas 1.415 agências franqueadas devem provocar a partir do dia 10 de novembro.


                   Agência da ect: clientes estariam migrando para concorrentes como Fedex e DHL


A data foi definida pelo Supremo Tribunal Federal como limite para que as franqueadas regularizarem sua situação e pode significar uma mudança no mercado de postagens do País. Se até lá elas não assinarem um novo contrato, após licitação, terão que fechar.

O plano de contingência da ECT prevê R$ 425 milhões para a montagem de 400 lojas temporárias e o acréscimo de 5 mil funcionários para suprir a falta das franqueadas, que contam com 20 mil funcionários diretos.

Apenas 187 franqueados assinaram o novo contrato e a Associação Brasileira de Franquias Postais considera iminente o apagão postal. O imbróglio põe em risco também os R$ 4 bilhões arrecadados anualmente pelas franqueadas, que correspondem a um terço da receita dos Correios.





“Teremos problemas, mas não há risco de apagão e nosso interesse é continuar trabalhando com os franqueados”, diz o chefe do departamento de Relacionamento Institucional dos Correios, Mário Renato da Silva.

O problema é que vários clientes, em especial grandes empresas, já têm buscado alternativas aos Correios, enviando suas correspondências por empresas privadas.

Em documento encaminhado à diretoria comercial dos Correios em 9 de fevereiro deste ano, o chefe da Diretoria Regional da ECT no interior de São Paulo, Luiz Roberto Pagani, já alertava para os riscos de perder a clientela.Os franqueados apontam o mesmo problema.

O empresário Chamoun Joukeh, que administra uma agência em Diadema (SP) há 19 anos, diz que 60% de seus 150 clientes, alguns com mais de 10 anos de contrato, informaram que estão buscando alternativas em outras empresas.

“Limitar a atuação de um franqueado é deixar o segmento vulnerável. A concorrência agradece”, reclama Joukeh. “O que estou vendo é o desmonte da empresa pública”, diz Guilherme Simão, o secretário-geral do Sintelpost, que representa os trabalhadores das agências franqueadas.

Fonte: Istoé Dinheiro

4 comentários:

  1. O correios vao alugar imoveis....epa........... a direção esta interessada numa franquia ja montada cujo dono desanimou...... e arranjo!

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  2. Lendo o globo hj vi como o projeto de banda larga digital do governo aumentou muito a acesso da areas carentes e a tendencia é aumentar mais. A ridicula carta social foi criada par atender a população carente, mas hj que mais usa é o comercio que as subscrita em nome dos funcionários das lojas e os grupos de envangelizaçao das igrejas, ou seja para quem elas foram direcionadas........... hj usa a internet. A ect precisa rever todo a sua estrutura; nem telegrafos pode ter mais em seu nome, caramba será que os seus dirigentes não tem nem uma atualizaçao das novas mídias de comunicaçao pela massa social e que carta e telegrama há muito deixaram de ser utilizados pela grande populaçao.?

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  3. Uahuahuahuah!!! Vcs já viram as agências que eles estão inaugurarando... uma vergonha, prédio rebocado, balcão fora do padrão, sem acessibilidade alguma. Não tem nada que é exigido dos franquiados. MP, PF , TCU fiquem de olho, pois se este plano de contingência for igual aos cargos interinos... Estas agências vão ser eternas!!!!!!!!!!!!

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  4. 100 comentarios...nós das acfs estamos sem perspectiva... 1º pelo edital, 2º por este "plano emergencial"- se eles tinham essa grana pq ja não compraram avioes para não ter mais atraso......
    depois se acha q acf ganha muito...lucrando em media 20% do total BRUTO..imagina qto o correio nao lucra em cima da ACF??!??!?! 80%??????!!!!!( livre de aluguel,desp com funcionarios da acf.....etc...) cara depau estes politicos..

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