De Brasília
12/04/2010
Os Correios usarão sua presença em todas as cidades do país para criar nos próximos anos o chamado "correio híbrido", sistema de entrega de mensagens que circulam de forma eletrônica e são impressas em região próxima de onde está o destinatário. O presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, explica que esse serviço deverá auxiliar principalmente bancos, porque eles costumam imprimir suas correspondências em poucas regiões do país. Hoje, por exemplo, a Caixa Econômica Federal imprime no Sudeste todos os extratos de FGTS que envia a todo o Brasil.
Custódio considera até uma parceria futura com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). "Em vez de a empresa precisar postar em uma agência dos Correios dez dias antes do vencimento da fatura, ela faz isso eletronicamente com dois dias de antecedência e nós entregamos para uma central qualquer", afirma Custódio. Além disso, ele comenta que o serviço será uma desoneração ao banco, à medida que reduzirá custos de frete.
A ideia é espalhar impressoras pelo país, para que as faturas ou extratos bancários não tenham de percorrer a maior parte do território nacional para ser entregues. Os bancos enviarão um arquivo digital com a fatura para que os Correios imprimam no local mais próximo do destinatário. Esse sistema existe na Europa, diz Custódio, para quem a medida coloca a ECT no mundo digital.
Entretanto, isso pode ameaçar o projeto similar da Febraban, o Débito Direto Autorizado (DDA), recentemente lançado, pelo qual o devedor se cadastra em seu banco para receber as faturas pela internet. Custódio afirma que, dependendo da forma como se der o processo, o DDA poderia até mesmo ser reformulado: "Talvez o DDA possa até deixar de existir e a gente possa fazer uma parceria com a Febraban", disse.
Custódio é ligado ao setor bancário, onde fez carreira e chegou a ocupar cargos de alto escalão na Caixa e também atuou na Febraban. "Lá na frente, quando a certificação digital for uma obrigatoriedade, ninguém melhor do que os Correios para comercializá-la. Você comercializa a certificação e dá a entrega do e-mail de graça", diz. Segundo ele, esses planos dos Correios precisam começar a ser formulados agora, quando a instituição depende muito do papel. "Se não entrarmos nesses novos negócios, em novas tecnologias, vamos acabar", diz. (CJ e DF)
Fonte: www.valoronline.com.br
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